Blog pessoal sobre um interesse universal: histórias contadas e registradas em forma dramática, cinemática.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Um Voto é Para Sempre
Prefiri renomear o filme "The Vow" - (EUA - 2012) que no Brasil recebeu o genérico título "Para Sempre", para que seja um pouco mais justo com a proposta dos autores, que é contar a dramática - quase trágica - história de um casal que, após sofrer um acidente de carro, passa pela curiosa situação com a esposa ter perdido parte de sua memória. Os últimos 5 anos, mais precisamente - onde 4 destes ela conheceu, se apaixonou e casou com um homem que agora não passa de um estranho. Alguém por quem ela não tem o menos interesse.
Com um aparente início de filme água-com-açúcar, mais-do-mesmo, climazinho-de-amor, o relacionamento do casal vai nos colocando em nossos devidos lugares, que é para dentro de nós mesmos.
A vida, quando inspira a sétima arte, sempre nos recompensa com nossa atenção.
Veja leve, com o coração aberto.
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quinta-feira, 31 de maio de 2012
Um Conto de Fadas Para Guerreiro Nenhum Botar Defeito
Honestamente, o maior problema de "Branca de Neve e o Caçador" (Snow White and The Huntsman - EUA - 2012) é todo mundo já conhecer a história original - ou alguma variação dela - e inevitavelmente ficar comparando com mais esta versão.
O resto - o todo do filme - é muito divertido e... divertido. Podem providenciar as pipocas.
Tenho, como já dito em outros posts, o dever de me empenhar em admirar uma obra de arte - qualquer que seja - por si só. Filha de seu próprio criador. É quase um exercício zen, quase um desafio, quando se tem similares em obras paralelas tão extensas quando se fala de contos-de-fadas.
E nesta obra a coisa acontece tanto no conteúdo como na forma.
Está tudo ali: o príncipe, os anões, a maçã envenenada, o espelho. Mas está de um jeito que ainda não tinha sido visto. O cinema pós-Senhor dos Anéis extrapolou a barreira dos 10 anos em termo de influência estética. Os efeitos estão mais reais do que nunca. E tudo está muito correto. Talvez correto demais.
A turma mais jovem pode ter a chance de apreciar o filme de um jeito mais puro, mais isento. E de quebra não vai ficar como eu, achando que em momento algum do filme existe alguém mais bela que Charlize Theron; seja neste filme ou em qualquer outro que ela tenha trabalhado, diga-se de passagem.
Recomendo que aprecie o filme com moderação, mantendo distância de comparações com outras obras que se servem da mesma fonte, como de obras que tem a mesma pegada estética.
O que não será uma tarefa fácil.
P.S. 1 - É muito difícil não entrar no assunto, que é meio óbvio e evidente, do universo psicanalítico que a história remete. Mas aí seria spoiler demais para um post que se prentende somente antecipar o resultado final de um empenho gigante do cinema industrial. E todos os elementos da psicanálise não são exclusivos desta adpatação, mas são fartamente encontradas em qualquer adpatação de conto de fadas.
P.S. 2 - Spoilers somente em outros blogues, por favor. ;-)
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sexta-feira, 25 de maio de 2012
MIB 3
"Homens de Preto 3" ("MIB3" - 2012 - Barry Sonnenfeld)
É impossível analisar a obra-pipoca com o desprendimento que tanto me apraz. É fruto daquelas ações de comunicação intensa que faz com que a gente tenha dificuldade em não tomar conhecimento da história do filme.
Alheio a isso, é notório que filme entrega o que promete - o que não é pouco - e repara um erro grave quando produziram o MIB2, quando não se levaram a sério.
Ação/efeitos/humor/emoção - tá tudo ali.
E tem algo a mais.
Tem "um algo" a mais.
Algo destoa esta obra na anterior, de 10 anos atrás. E mesmo da primeira, 5 anos antes.
Em princípio está tudo amarrado nos filmes pregressos, nas inúmeras referências cinematográficas, nas piadas internas e - por que não? - nos filmes futuros.
Mas este hiato de 10 anos que separa as sequências dos agentes que trabalham na agência que cuida dos alienígenas na Terra revela, indiretamento, o quanto o cinema americano - o bom cinema americano da pipoca e do entretenimento - teve que sofrer financeiramente e se reaprender.
Arrisco afirmar que é por conta do crescimento de qualidade das produções televisivas, por conta do conteúdo narrativo e do alto nível de produção, facilitado pelas ótimas condições de pós-produção/efeitos especiais a baixo custo, claro.
E MIB3 também vem para isso: mostrar que contação de histórias COM dinheiro bem aplicado funciona igual a contação de história SEM dinheiro algum. O que é muito bom.
E MIB3 tem o algo a mais que todo filme atrevido deveria ter: uma história que transcende os personagens. Uma história movida por decisões de personagens, por sentimentos que se sobrepõem e se sujeitam, ao mesmo tempo, com a razão. Assim como é na "vida real".
Queria ler resenha/sinopse/spoiler? Vai encontrar por aí, sem dúvida alguma.
Eu me restrinjo a recomendar que se saia de casa, enfrente filas nas bilheterias e compre pipoca.
Afora toda a diversão, que é o que as quase duas horas do filme se pretendem, que se saia de casa, enfrente filas nas bilheterias, pois vale a pipoca, vale o ingresso, vale a histeria da criançada.
E vale até o tão desnecessário 3D - que aqui não atrapalha a história nem se sobrepõe à estética do filme.
E não se surpreenda se o filme te emocionar.
Eu me surpreendi!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Flores do Oriente
Estamos no fim de maio, mas duvido que até o fim do ano eu veja uma obra tão completa como "Flores do Oriente" ("Jin líng shí san chai" - Yimou Zhang).
Me recuso a falar sobre o filme. Filmes como esse não cabem em indexação simplória.
Uma obra intensa em todos os sentidos, da construção da narrativa - apoiada em um livro, registro na primeira pessoa de uma história real - passando pelo elenco, trilha sonora, fotografia, cinematografia e à produção em si.
Tudo neste filme é impecável e intenso. Tudo é vivido. Tudo é vívido.
Eu poderia me estender por muitas e muitas palavras sobre o quanto este filme é forte. Mas correria o risco gigante de falar sobre eu, sobre você e sobre a condição humana. E isso poderia não ter fim.
Se puder, assista sem saber do que se trata - eu tenho tentado me dar esse prazer o máximo possível, tenho evitado trailers, resenhas, expectativas quaisquer. Tento resgatar uma sensação pura de descobrir a obra, para se descobrir nela.
Como na própria vida.
Muitas vezes a verdade é a última coisa que queremos ouvir. Mas ela precisa ser dita, nem que seja por último.
Taí! Viu? Continuo falando do filme enquanto falo de mim mesmo.
Ou seria o contrário?
Uma obra como essa deve ser vista no altar da sétima arte: a sala de cinema, pelo menos mais de uma vez. Não creio que tanta intensidade caiba na sala da minha casa, onde o mais intenso sou eu.
Saiba menos, viva mais.
terça-feira, 22 de maio de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Framoticons do Último Verão
Os sentimentos que os últimos 3 meses de minha vida construíram mais que um único frame + emoticon, renderiam bem mesmo uma arte sequencial.
Mas como faz parte da minha proposta ilustrar meus sentimentos temporais com frames de filmes, onde a circunstância em que o personagem está vivendo naquele momento, dentro da história, implica uma metáfora - algo muito mais pessoal do que arquetípico, ouso dizer - listo aqui, de forma cronológica, o que se passou no fim da última Primavera até esse meio de Verão.
Espero que o futuro post Framoticon seja algo mais luminoso, como um frame de Gandalf (o branco) ou mesmo algo não tão fantasioso, mais servil mesmo, como o improvável Seabiscuit à frente do Almirante.
Ansiedade e esperança.
Vamos aguardar.
Nota 1: entre desenganado Wesley e o Rockatanski traído eu iria inserir o Solo em forma de Carbonite, mas seria muito autopiedade, um sentimento que abandonei há algum tempo.
Nota 2: o frame para esse momento que eu escrevo este post é um híbrido de Brantley Foster e Cameron Frye - este após a cena da Ferrari atravessando a vidraça, diga-se de passagem.
Nota 3: falei demais, mas não cheguei às cinco mil palavras que os frames acima contam, onde todos os personagens estão de boca fechada, mas com suas mentes fervendo.
Mas como faz parte da minha proposta ilustrar meus sentimentos temporais com frames de filmes, onde a circunstância em que o personagem está vivendo naquele momento, dentro da história, implica uma metáfora - algo muito mais pessoal do que arquetípico, ouso dizer - listo aqui, de forma cronológica, o que se passou no fim da última Primavera até esse meio de Verão.
Espero que o futuro post Framoticon seja algo mais luminoso, como um frame de Gandalf (o branco) ou mesmo algo não tão fantasioso, mais servil mesmo, como o improvável Seabiscuit à frente do Almirante.
Ansiedade e esperança.
Vamos aguardar.
Nota 1: entre desenganado Wesley e o Rockatanski traído eu iria inserir o Solo em forma de Carbonite, mas seria muito autopiedade, um sentimento que abandonei há algum tempo.
Nota 2: o frame para esse momento que eu escrevo este post é um híbrido de Brantley Foster e Cameron Frye - este após a cena da Ferrari atravessando a vidraça, diga-se de passagem.
Nota 3: falei demais, mas não cheguei às cinco mil palavras que os frames acima contam, onde todos os personagens estão de boca fechada, mas com suas mentes fervendo.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Momento Monólogo do Personagem
O seguinte monólogo é de um filme que não tem saído da minha cabeça nos últimos dias.
Um filme que está na minha vida há algumas décadas.
Traduzi direto do inglês, atropelando a dublagem e a legenda oficial.
Alguém é capaz de saber, de pronto, em qual filme e qual personagem canta essa poesia?
Em que direção estamos indo?
Ninguém sabe para onde estamos remando.
Ou para qual caminho o rio corre.
E está chovendo, está nevando.
Está um furacão soprando?"
(a partir daqui, o personagem começa a se exaltar e gritar)
"Nem um feixe de luz é mostrado.
Então o perigo deve estar aumentando.
São os fogos do inferno que estão incandescendo?
Está o ceifador grisalho colhendo?
SIM!
O perigo deve estar crescendo,
para que os remadores continuem remando!
E eles certamente não estão exibindo
quaisquer sinais de que estão indo devagar!
PAREM O BARCO!"
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