O gênero Terror e seus devidos subgêneros são objetos de apreciação moderada da minha parte. Não que eu os veja de forma amena e periódica. Pelo contrário - passo meses sem passar perto de obras relativas à emoção, mas de vez em quando me permito fazer uma imersão mais profunda e diria que plena (diferente do gênero Comédia, que uso de forma alopática, se é que me entendem...
E temos um filme de terror em pauta!
Mas não que eu tenha visto.
Ficou à cargo da Mari expor suas víceras - ela odeia filmes que assustam meninas. E odeia que eu escreva dessa forma, hahahaha.
Então...
Deixo o parecer dela sobre o filme (que confesso ter uma certa curiosidade em assistir. Mas primeiro terei que rever Star Trek III, que é assunto do próximo post).
Com vocês, seguem as palavras aflitas da cinéfila.
Glauber Gorski
O SONO DA MORTE
Bom, eu não sou a maior admiradora do gênero terror, mas vamos lá.
O Sono da Morte tem Mike Flanagan como diretor e roteirista. Ele fez outros filmes de terror como “O Espelho”, “Hush” e “Ouija - Origem do Mal” – estes dois últimos ainda não lançados.
O que faz com que um filme de terror seja bom? Dar sustos? Causar medo? Ter um final surpreendente? Se o terror tem uma história boa, mas causa pouco medo é "menos terror"?
Ou um filme é inovador, ou ele cai no senso comum. Esse é mais um daqueles que acabam caindo na “mesmice” de outros filmes. Tem características fortes de vários filmes de terror que são muito evidentes. Junta alguns pontos de “A Hora do Pesadelo”, “O Grito”, “O Chamado”, e outros clássicos do terror.
Cody (Jacob Tremblay) é um garoto de 8 anos, adotado por um casal (Kate Bosworth e Thomas Jane) que perdeu seu único filho. Assim que Cody começa a morar com eles, coisas estranhas acontecem todas as vezes que o menino dorme. Sabendo disso, ele tenta se manter acordado, para que não sonhe e não cause problemas. Quando ele tem sonhos bons, essas coisas boas tornam-se realidade enquanto ele dorme, mas ele também tem pesadelos. Como o Homem Cancro, que abomina o pequeno Cody, e “engole” as pessoas quando ele pega no sono.
Esse "dom" que o menino tem, parece ser um reflexo dos monstros interiores que cada um de nós carrega durante a vida. Justamente por ter esse "dom", os monstros de Cody viram realidade, assim como as coisas boas que pairam em sua cabeça e ele acaba sonhando. É como um projetor de sonhos, que não pede permissão para ser ligado. Mesmo não tendo esta característica de Cody, também temos nossos monstros, a diferença é que eles não devoram pessoas e nem se tornam reais, eles vivem apenas dentro da nossa mente e podem causar grandes problemas lá dentro.
Bom, mesmo com um roteiro um tanto fraco, o elenco do filme é muito bom. Nomes como Kate Bosworth, Thomas Jane, Jacob Tremblay, Scottie Thompson, Dash Mihok, Annabeth Gish e o pequeno Jacob Tremblay, - que não poderia ter sido melhor escolha para interpretar Cody – estão no longa.
O filme inteiro é bem escuro. Não só as cenas noturnas no interior da casa, mas até as cenas da escola ou do quintal são com pouca luz. É uma característica estética que adotaram para o filme. Em contrapartida, as criaturas do filme são muito visíveis. A parte gráfica dos "monstros" deixa a desejar na qualidade. Destoam do que é filmado. Parecem meio robóticos, e evidentemente irreais. Acredito que se fossem deixados mais na penumbra, sem revelar tanto, daria mais mistério e poderia funcionar melhor.
O trailer mostra algumas cenas do filme, mas sem entregar muito da história, gera certa curiosidade para ver o filme. Tirando que a cena que achei mais assustadora consta no trailer, mas a gente releva.
É um terrorzinho meio água com açúcar. Eu que morro de medo de filme de terror achei bem ok, pouco medo, um susto ou outro, nada muito diferente. Para o público que gosta do gênero, o filme entrega pouco. É um filme raso, sem nada muito inovador. Deixa algumas pontas soltas, abre situações que o espectador espera que sejam resolvidas, mas elas são deixadas de lado.
Mariana Dal Negro
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