domingo, 28 de agosto de 2016

Ver ou Não Ver... É uma Questão?!

Das tantas coisas que me chateiam no entorno de narrativas, seja sobre seus suportes, seja sobre seus processos, a falta de criatividade é a camada que está no topo do bolo de mimimices de minha parte.

A cereja do bolo é quando acontece a impropriedade da transcriação. Seja transmidiática ou não.

Exemplos não faltam, mas sempre me pula à mente os sagazes "Yojimbo/Por Um Punhado de Dólares/O Último Matador". 3 grandes diretores com mais do que 3 grandes atores em 3 grandiosos filmes baseados em uma única história. Tente não acusar de plágio ou falta de criatividade algumas sequências - ou a própria "necessidade" de se filmar o que já foi - muito bem - filmado (isso é assunto que o fim é distante e a trança da Rapunzel chorosa é longa).

Pois bem, mais uma vez assim acontece - muita promessa de emoções e surpresas em mais uma obra que é refilmagem (como se não esperássemos mais uma Estrela da Morte em mais um filme de Star Wars).

Pois então, como não vi o filme - e provavelmente passarei o resto dessa encarnação sem o fazê-lo - deixo-os muito bem acompanhado das palavras e orações da Mari.

- Glauber Gorski


"Um namorado para minha mulher? É isso mesmo produção? 
Foi isso que pensei quando li o nome do filme, antes de pesquisar a respeito e efetivamente vê-lo. Mas depois que você conhece o enredo, vê sentido nesse título.

Essa é a quarta versão do filme. O original é argentino, com o título de "Un Novio Para Mi Mujer". Além desse, existe também uma versão sul-coreana e uma italiana. Cada qual com suas particularidades culturais.
O filme é dirigido por Júlia Rezende e tem como protagonistas Ingrid Guimarães, Caco Ciocler e Domingos Montagner.

Conta a história de Chico (Caco Ciocler), um homem bobalhão que não tem coragem de pedir o divórcio para Nena (Ingrid Guimarães), uma mulher ranzinza e reclamona. Chico, por influência de amigos decide contratar o Corvo (Domingos Montagner) para seduzir sua mulher, e fazer com que ela queira se separar dele. Porém esse processo é bem mais complicado do que aparenta.

Um fato curioso é que o filme acontece em São Paulo, mas nunca estão em um ambiente com grande número de pessoas, inclusive na rua. Sempre tudo tranquilo, desde a feita até as ruas. Tem táxis, trânsito que flui, nada de filas... É uma versão “ideal” do corre-corre de São Paulo.

O filme não tem nada muito diferente, é um clichê gostosinho de assistir. Pra quem gosta desse tipo de filme, é uma boa pedida. É uma trama leve, sem nada muito inesperado, mas é o tipo e filme tranquilinho pra dar uma acalmada na mente.

Não é um filme que passe dias agindo na sua cabeça, ou que vai mudar algo na sua forma de pensar, ou que vai agregar sentido a sua vida, mas é legal de assistir.
Ingrid Guimarães está sendo Ingrid Guimarães, só mais ranzinza, com uma piadinha ou outra, temperando. Sou suspeita pra falar dela, porque acho ela maravilhosa. O Caco Ciocler também está fantástico no longa, como Chico, o marido bobalhão da Nena (Ingrid).

Por mais clichê que seja falar a respeito disso, mas a fotografia é muito bonita. Tem cenas onde a luz é bem desenhada, deixando mais bonitas. Uma característica de muitos filmes nacionais, esse cuidado com a estética fotográfica do filme, como por exemplo no filme Carrossel 2: O Sumiço de Maria Joaquina, que tem a fotografia maravilhosa.

Mas voltando ao filme, trailer começa bem, mas então começa a virar puro spoiler. Tenta mudar a ordem de uma cena ou outra, mas entrega o filme inteiro de bandeja. Foi-se o tempo que existia trailer inovador.
A trilha sonora é maravilhosa, te conquista desde o começo do filme, e te guia pela história, dando mais ritmo ao filme. Com o desenrolar da trama, você se sente ainda mais acolhido pelas músicas.

Num geral, vale a pena assistir o filme, até porque ele traz uma temática muito presente nos dias de hoje (também nos tempos das nossas avós, mas hoje de forma mais evidenciada).

Aborda aquela famosa crise que alguns casais enfrentam quando estão há muito tempo juntos. Quando ambos começam a pensar se ainda há sentimento ou se estão juntos apenas por comodidade ou em função de uma história que já não existe mais.

Traz boas lições, aqueles típicos clichês que a gente prefere não parar pra pensar. O público vendo que isso acontece também nas telonas, pode repensar algumas coisas quando estão nesta situação.

Mariana curtiu o filme.

- Mariana Dal Negro

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