Estamos no fim de maio, mas duvido que até o fim do ano eu veja uma obra tão completa como "Flores do Oriente" ("Jin líng shí san chai" - Yimou Zhang).
Me recuso a falar sobre o filme. Filmes como esse não cabem em indexação simplória.
Uma obra intensa em todos os sentidos, da construção da narrativa - apoiada em um livro, registro na primeira pessoa de uma história real - passando pelo elenco, trilha sonora, fotografia, cinematografia e à produção em si.
Tudo neste filme é impecável e intenso. Tudo é vivido. Tudo é vívido.
Eu poderia me estender por muitas e muitas palavras sobre o quanto este filme é forte. Mas correria o risco gigante de falar sobre eu, sobre você e sobre a condição humana. E isso poderia não ter fim.
Se puder, assista sem saber do que se trata - eu tenho tentado me dar esse prazer o máximo possível, tenho evitado trailers, resenhas, expectativas quaisquer. Tento resgatar uma sensação pura de descobrir a obra, para se descobrir nela.
Como na própria vida.
Muitas vezes a verdade é a última coisa que queremos ouvir. Mas ela precisa ser dita, nem que seja por último.
Taí! Viu? Continuo falando do filme enquanto falo de mim mesmo.
Ou seria o contrário?
Uma obra como essa deve ser vista no altar da sétima arte: a sala de cinema, pelo menos mais de uma vez. Não creio que tanta intensidade caiba na sala da minha casa, onde o mais intenso sou eu.
Saiba menos, viva mais.
OPAZ, super dika, tá na lista e confesso que também ando fugindo das sinopses de 3 linhas atras da caixinha do dvd... no máximo leio pra descobrir quem são os atores/diretor e o resto é como abrir um presente de tia... pode ter algo muito legal ou muito sem graça dentro
ResponderExcluir;-)
JOPZ