É IMPRESSIONANTE como alguns artistas como Tom Cruise
resolveram adquirir um quadro que com certeza está ficando muito velho e
acabado em algum quarto secreto de suas mansões! Chega a incomodar todo esse
exibicionismo em tela grande, ainda mais quando o filme trata de uma trama mais
inventiva e exige uma certa atenção mental, como um filme de investigação.
A história, baseada num livro (que prentendo adquirir) versa
sobre uma investigação acerca de um assassino à la atirador de elite e vai
se percebendo que há algo de podre a mais pelas cercanias...
Jackie Reacher, personagem que dá nome ao titulo do filme,
vem como um justiceiro, cavaleiro solitário, um ser à margem da sociedade.
Personagens dúbios, uma cinematografia impecável e tudo em
seu devido lugar permitem que o espectador faça a devida “imersão” no universo
diegético.
Filmes com tom detetivesco sempre tem seu charme. Não é
diferente aqui: todo o clima (principalmente os primeiros 5 minutos) mostra a
força do cinema. Mostra porque cinema é, antes de tudo, IMAGEM. Sem diálogos, a
força da montagem nos pega pela mão e nos arremessa diretamente para dentro do
evento, do ritual de um personagem.
E uma obra que nos transporta via imagens mostra QUEM de fato os personagens são, não quem eles DIZEM ser. As sutilezas que isso impõe sobre uma trama é a premissa de se ter uma história para contar; pois ou se conta uma história por ter PERSONAGENS interessantes, ou por ter um EVENTO interessante.
E aqui se tem dos dois!
Mas - pasme! - isso não seria suficiente para quem é fã do astro de
Hollywood. Infelizmente colocaram açúcar na coca-cola.
Clichês e lugares-comuns parecem ser uma imposição sobre
algumas obras – e aqui vem o meu lamento para quando isso acontece sobre um
filme que tem uma semente, uma premissa, uma razão-de-ser tão interessante
quanto “Jack Reacher - O Último Tiro” (Céus! Lamuriar sobre alguns títulos
abrasileirados é inevitável!)
Mais uma obra que o cinema americano mostra do que é capaz
tecnicamente, em sua precisão, tão imprecisa em nossa cinematografia nacional.
Mais uma obra que o cinema americano mostra não ter coragem de fazer do jeito certo: respeitando as motivações dos personagens, os moldando devido a uma necessidade estético-plástica.
...
A primeira meia hora do filme é deslumbrante (vale DOIS
ingressos).
A hora seguinte é MUITO BOA (vale a ida ao cinema).
A última meia hora... ah... acho que já vi isso antes...
(vale uma saída rápida para comprar mais pipoca).
Vou ver de novo no cinema, mas com certeza sairei com uma
hora de exibição.
E sairei muito satisfeito.
Indicado para: quem gosta de tiros, chutes, socos, suspense, ótima fotografia, excelente montagem, e quer dar um pau em quem é malandro. E quem quer ver o dorso nu e sarado do star.
Para saber tudo: http://www.imdb.com/title/tt0790724/
OPAZ, legal.. tá na fila pra conferir.
ResponderExcluirE por falar em Tom Cruise já viu isso?
http://grandeabobora.com/107452345651078228.html
acho que dá pra atualizar com MISSÃO IMPOSSÍVEL rsss
JOPZ