quinta-feira, 4 de julho de 2013

Uma Luz na Escuridão do Cinema de Ficção



Encontrei uma obra rara como ela só: um filme que promete muito, promete demais, alimenta uma ansiedade e tem atrás de si uma “primeira parte”, um primeiro filme muito bem acabado, uma obra muito acima da média.

Uma obra que promete exageradamente muito – e acaba por entregar MAIS!

A cena de abertura de Além da Escuridão - Star Trek (Star Trek Into Darkness - EUA - 2013) por si só vale o dobro do ingresso, pois além de entrar imediamente em ação, faz uma homenagem, quase sutil, quase descarada, para a abertura de Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark - EUA - 1981)


A sensação da satisfação em ver personagens que não tem a obrigação de dizerem a que veio – mas que estão em ação O TEMPO TODO, vivenciando cada situação artesanalmente construída no roteiro, conseguiu fazer com que eu me perdesse no meio de uma trama, embriagado pelo deslumbre visual, atônito em entender aonde a trama estava me levando – raramente a obra permite “enxergar do alto”, criando um prazer racional e emocional ao mesmo tempo.


Talvez seja uma obra filha de seu tempo, um zeitgeist febril da efervecência que o sci-fi gera em um público que é, per se, exigente – mas isso só poderá ser devidamente avaliado à distância, temporalmente falando.


Meu título, superlativo, é um elogio ao resultado o J.J. Abrams conseguiu impor a Star Trek II – A Ira de Khan (ops! Este era de outro gênio: Nicholas Meyer!), em detrimento do descartável e desprezível Depois da Terra (After Earth - EUA - 2013) e do quase-ótimo/esquecível Oblivion (Oblivion - EUA - 2013).

O realismo e a naturalidade com que o CGI é impingido por Abrams consegue – quase – reindexar o filme, passando de “Ficção Científica” para “Realismo Fantástico”.

Não é para pouco. E é dos poucos que me rendo ao 3D. Obrigatório para o total aproveitamento do filme.



Indicado a: trekkies, entusiastas pela ficção científica, público de filmes e ação em geral.

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