Toda história criada sai do zero e caminha em direção à plenitude
por uma de duas vias: ou se tem um evento que seja interessante – e a partir daí se busca
personagens que dêem vida e credibilidade e charme e o que mais for preciso
para essa história ser plena de interesses; ou se concebe personagens interessantes, com características que valem ser conhecidas, reconhecidas, identificadas, reprimidas, desejadas ou rejeitadas – e aí então se vai
atrás de eventos que, de forma original e divertida e casuística e o que mais
for preciso, irão revelar elementos que não estão visíveis numa primeira leitura desses
caracteres.
É se utilizando desta segunda forma que acontece com Meu Malvado Favorito
2 (Despicable Me 2 - EUA - 2013): o sucesso do primeiro filme acontece – como qualquer coisa que faça
sucesso – por fatores somados e também alheios ao desejo do realizador (afinal, todo
filme busca o sucesso, mesmo que em seu estreito universo, como os chamados
“filmes-de-arte”). E é notório que, para que a “continuação” ganhe vida, ou se faz uma
releitura do primeiro filme, ou se revisita os personagens em outros ambientes/situações
(ou simplesmente “se continua” a história, como poucos nas cinesséries de
sucesso).
É também a segunda forma a opção dos realizadores, que nos envolvem no mundo de Gru, que revela o destemor em se assumir enquanto personalidade, realizando tarefas "por opção e critérios próprios ao coração", mesmo que envolto em situaçãos que exijam "o pior de si".
E tudo é louvável - moralmente falando - quando o fim benevolente se vale de metodologias não tão benevolentes assim (!!!).
Um tipo de personagem que me apraz em ver com outras roupagens.
Vale a diversão, com muita cautela ocular nas sugestões subliminares.
Indicado a: criançada em geral, mesmo que habitem em corpos maduros.
Para saber tudo: http://www.imdb.com/title/tt1690953/
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