Há duas semanas penso em escrever sobre mais essa aventura
do herói tecnológico.
Quanto mais o tempo passa, menos isso me interessa.
Menos eu tenho a dizer sobre um filme de ação hollywoodiano, que já não tenha dito, de forma mais completa e ordinária, do que não tenha sido dito.
Mas me resta a parte maior. A parte humana, pois o que mais me interessa é a figura humana que habita o casulo metálico,
sob a forma de uma figura imperfeita, deficiente, incompleta e delimitada.
Eis o grande vilão – e por sua vez o grande valor – de Homem
de Ferro 3 (Iron Man 3 – EUA – 2013)!
O resto é falcatrua, como a própria história do filme sugere (ops! Eis um anti-spoiler!)
O recurso, inevitável e irresistível, de se propor a um
pretenso herói, enquanto convidado a viver uma aventura, passa exatamente na
casa dos desafios de superação. E nada mais difícil e desafiador do que a
autosuperação.
Eis o que se leva para casa após se ver um grande filme!
A condição humana, enquanto sina de uma ou de múltiplas
vidas, sempre nos sugere o Norte do autoconhecimento. É por aí que se passa
qualquer narrativa, em qualquer suporte, enquanto razão de perpetuação de uma
história a ser recontada.
Eis o que justifica a existência de histórias!
E entretenimento, velado de passatempo, que disfarça o
conteiner de um conteúdo que é muito maior que sua forma, é o que faz, de fato,
de Homem de Ferro 3, um grande filme.
E eis o que me faz amar a Sétima Arte!
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