Honestamente, o maior problema de "Branca de Neve e o Caçador" (Snow White and The Huntsman - EUA - 2012) é todo mundo já conhecer a história original - ou alguma variação dela - e inevitavelmente ficar comparando com mais esta versão.
O resto - o todo do filme - é muito divertido e... divertido. Podem providenciar as pipocas.
Tenho, como já dito em outros posts, o dever de me empenhar em admirar uma obra de arte - qualquer que seja - por si só. Filha de seu próprio criador. É quase um exercício zen, quase um desafio, quando se tem similares em obras paralelas tão extensas quando se fala de contos-de-fadas.
E nesta obra a coisa acontece tanto no conteúdo como na forma.
Está tudo ali: o príncipe, os anões, a maçã envenenada, o espelho. Mas está de um jeito que ainda não tinha sido visto. O cinema pós-Senhor dos Anéis extrapolou a barreira dos 10 anos em termo de influência estética. Os efeitos estão mais reais do que nunca. E tudo está muito correto. Talvez correto demais.
A turma mais jovem pode ter a chance de apreciar o filme de um jeito mais puro, mais isento. E de quebra não vai ficar como eu, achando que em momento algum do filme existe alguém mais bela que Charlize Theron; seja neste filme ou em qualquer outro que ela tenha trabalhado, diga-se de passagem.
Recomendo que aprecie o filme com moderação, mantendo distância de comparações com outras obras que se servem da mesma fonte, como de obras que tem a mesma pegada estética.
O que não será uma tarefa fácil.
P.S. 1 - É muito difícil não entrar no assunto, que é meio óbvio e evidente, do universo psicanalítico que a história remete. Mas aí seria spoiler demais para um post que se prentende somente antecipar o resultado final de um empenho gigante do cinema industrial. E todos os elementos da psicanálise não são exclusivos desta adpatação, mas são fartamente encontradas em qualquer adpatação de conto de fadas.
P.S. 2 - Spoilers somente em outros blogues, por favor. ;-)