É impossível - ao menos para mim - desvincular o prazer de se ver um filme que tenha como temática uma viagem "real" para um mundo fantástico, com o prazer de se ver num filme onde a metáfora é assumida - um ato um pouco mais presente no cinema atual, "pós-Matrix".
Por isso é um prazer anunciar que Oz: Mágico e Poderoso (Oz The Great And Powerful - EUA - 2012), é um deleite para os sentidos, em todos os sentidos.
Para além de qualquer expectativa que se possa ter - e vejo que muitos, lamentavelmente, se propõem a degustar uma obra "conferindo-se-está-entregando-aquilo-que-estou-esperando" - sobre a "jornada do herói", lembro que, sempre que assumida, é o que o melhor que o cinema, a literatura ou qualquer outro suporte possa dar para o espectador, que está sempre à espera, passivo e ansioso.
É sempre a experiência completa
E Sam Raimi, exímio na arte de contar histórias e mexer com algumas facetas emocionais que o cinema permite, conduz o desafio muito bem.
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O excesso de malícia que o protagonista carrega em seu coração faz frente com a explosão de sentimentos, nunca velados, que o seu universo (afinal, aquele mundo é, assumidamente, de Oz!) se expõe constantemente.
E sua inteligência de nada serve - a não ser quando está a serviço da... emoção!
A lamentar somente o fato de eu já ter visto - bem mais de uma vez - o filme de 1936.
Mas quem não teve essa experiência, que invejo, pode ter uma visão menos apaixonada pela saga dos personagens deste fabuloso universo.
Mas não menos sensível, eu garanto.
E, como poucas vezes admito, digo sim ao 3D.
Creia-me: saber menos é saborear mais, mas depois de visto, se quiser saber tudo: http://www.imdb.com/title/tt1623205/